domingo, 28 de fevereiro de 2010

"Sou um pobre garoto apaixonado e silencioso que, quase como o maravilhoso Verlaine, tenho dentro uma açucena impossível de regar e apresento aos olhos bobos dos que me olham uma rosa muito encarnada, que não é bem a verdade do meu coração"

FEDERICO GARCÍA LORCA

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Monologo sobre Federico Garcia Lorca entra em cartaz



O palco do teatro Plácido de Castro recebe neste sábado e domingo, às 20 horas, o espetáculo “ Federico Garcia Lorca: Pequeno Poema Infinito” com o ator e contador de histórias José Mauro Brant. Com direção de Antônio Gilberto, o espetáculo, além de ter sido indicado ao prêmio Shell 2007 de teatro na categoria Melhor Ator, foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, e vem ao acre com apoio do Governo do Estado. Os ingresso serão praticados ao preço de R$ 20,00 reias a inteira, e R$ 10,00 a meia.

O texto, escrito por Antônio Gilberto e pelo próprio José Mauro Brant, foi criado a partir de uma conferência de Lorca realizada em 1933, chamada “Como Canta Uma Cidade de Novembro a Novembro” em que Lorca revela muito de suas experiencias como artista e cidadão espanhol. Textos inéditos do poeta, fragmentos de entrevistas e canções, traduzidos especialmente para o espetáculo, ajudam na construção de uma dramaturgia exclusiva com palavras do próprio Lorca.

Um exposição intitulada “Lorca – Breve Cronologia” que conta a vida do poeta e dramaturgo com 8 painéis ilustrados criados acompanham o espetáculo em suas apresentações. De acordo com a produtora do espetáculo, a idéia é incentivar a leitura e apresentar um retrato original e emocionante de um dos maiores gênios da literatura mundial.

Nascido na região de Granada, na Espanha, Federico Garcia Lorca foi um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol, regido pela igreja católica e pelas forças militares que ensaiavam uma das mais sangrentas guerras do século XX, a Guerra Espanhola. Avesso à violência o poeta, assumidamente homossexual e socialista, foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas. Lorca soube como ninguém imprimir em suas obras a poeticidade que o período de guerra tentava abafar. Entre suas obras mais consagradas estão “Bodas de Sangue”, “A Casa de Bernada Alba” e “Yerma”.